08/08/14

Sekai Ichi Hatsukoi


Okaeri ^^

Para hoje vim trazer outra das minhas perfeitas resenhas, sobre um anime da mesma autora de Junjou Romântica: Sekai Ichi Hatsukoi. Só para que conste, eu acho que este anime é muito mais adequado para principiantes do que Junjou - só o anime, porque o mangá é naturalmente mais pesado - e, tanto quanto sei, passa-se no mesmo "universo". A história foca em 3 casais yaoi, sendo introduzido um quarto na segunda temporada, mas acho que esse não é tão importante, até porque a história deles é rapidamente concluída. Há 2 especiais: os episódios 00 e 12,5. E eu achei uma coisa adorável, já que por enquanto não sou assim tão experiente em yaoi e não conhecia nenhum trabalho de Shungiko Nakamura.

Vamos começar por falar dos 3 casais?


Uke: Onodera Ritsu. É muito obstinado e teima em não admitir os seus sentimentos, além disso, quer provar que consegue ser um editor de sucesso sem ser à custa do nome do pai. Era muito inocente enquanto ainda era estudante. Seme: Takano. Chefe e vizinho de Onodera, é muito bom no seu trabalho e não perde uma oportunidade para ser sarcástico. Embora por vezes tenha de "forçar" um bocado o Onodera, tem até bastante paciência com a teimosia dele, e já aceitou que não ouvirá um "eu te amo" tão cedo. Foco da história deles: Fazê-los resolver o mal entendido de quando saíram juntos enquanto estudantes e mostrar o quando amadureceram.

Uke: Chaki. É um mangáka de shoujos e só quem lhe é próximo sabe que é um homem. É um bocado lento a entender as coisas, mas raramente tem intenção de magoar alguém e quando explode, diz grandes verdades. Seme: Hatori. É o editor de Chiaki e seu amigo de infância, não se importa de cozinhar e ajudar o "amigo" em tudo se em troca puder ficar perto dele. É bastante protetor e paciente, mas pareceu-me que é de desistir facilmente das coisas se achar que não darão certo. Foco da história deles: Um triângulo amoroso, onde também entra Yuu, outro amigo de Chiaki.

Uke: Kisa. É também um editor que adora o seu trabalho e sempre parece bem disposto lá, mas está constantemente esgotado. Sempre gostou de homens, mas por medo de ser rejeitado, também foi sempre o primeiro a acabar com relacionamentos. Andava a perseguir o seu "príncipe perfeito" mas não tinha coragem de falar com ele. Seme: Yukine Kou. Paciente, bondoso, tolerável, bonito, amável, educado e admirador do trabalho de Chiaki, é o namorado perfeito, e muitas vezes demonstra ser mais maduro que este, apesar de ainda ser um estudante. Foco da história deles: A diferença de idades, falta de tempo para se encontrarem e a relutância do uke em aceitar que realmente podem dar certo.

Ou seja, casais para todos os gostos ;)

Antes de mais, vou já avisando que, não, nada do que eu disse sobre eles é um spoiler, pois tudo isso nos é apresentado logo nas primeiras aparições das personagens e o que importa no enredo é ver como o relacionamento dos 3 casais se desenrola. 

E desenrola-se muito bem, por acaso. Em primeiro lugar porque, ao contrário dos shoujos, não há aquela evolução bem separada entre as fases de amigos, melhores amigos e namorados, tudo acontece em simultâneo, como num relacionamento real. A confusão, a felicidade, os sentimentos desanimadores e a paixão são muito bem equilibrados e, apesar de os 24 episódios servirem um mesmo propósito, não enrolaram muito, e mesmo que nem sempre tenham avançado tão bem quanto eu queria, o facto de alternarem os casais marcou bem o ritmo. Cada personagem tem os seus próprios dramas, traumas, manias, e isso cria uma espécie de interactividade com quem está a assistir.  

A propósito dos casais, eu achei muito engraçado como todos eles acabam por dar à editora Murakawa, já que pelo menos um dos homens em cada par trabalha lá como editor. Conclusão: todos se conhecem e nem sabem que são todos gays. Como reagiriam se soubessem? (partiu imaginar uma cena hilária) Bizarrices à parte, o trabalho deles também deu um bom impulso à história, afinal eles lidam com mangás shoujos - espera, eu disse bizarrices à parte? Isso mesmo, homens a lidar com shoujos - e isso permite que eles comparem a realidade com a ficção: muitas vezes eles dão por si a imaginar coisas como "se eu estivesse num mangá shoujo, eu largaria tudo pela pessoa que amo, mas não, isto é trabalho, blá blá...". Eu achei essa uma ideia boa, até porque é normal pessoas que lidam com histórias fictícias todos os dias estabelecerem comparações entre elas e a sua própria vida. Como se não bastasse, embora o trabalho de certa forma os junte, também cria os seus obstáculos: como o facto de  deixar as personagens esgotadas, roubar tempo e disposição para encontros ou aquela relação entre chefe e subordinado. Ah, e o anime mostra muito bem como é o processo de produção e venda de um mangá. O departamento da Emerald é completamente louco kkkkkkk

O género de comédia romântica foi muito bem usado e compreendo perfeitamente como é que autora atingiu tal sucesso. E mesmo que talvez algumas personagens possam ser odiadas pelas fãs dos casais, já que praticamente tentam arruiná-los, no final eu fiquei com dó delas, porque não se estavam a intrometer por mal, o amor delas é que era muito... Não diria que o final é conclusivo, provavelmente porque no mangá há continuação, mas eu achei bonitinho. E como ainda não disse, o nome do anime significa algo como O melhor primeiro amor do mundo.

As openings e as endings têm uma certa purpurina à lá shoujo, mas isso deixou-as adoráveis, tanto quanto à parte musical como à parte gráfica. São engraçadas, românticas e ficam facilmente na cabeça, sem precisarem de ser obras de arte. E digo-o quanto a ambas as temporadas. Só não entendi o negócio dos coelhinhos, mas enfim, morro de rir com eles, então acho que se podem considerar toleráveis >.< Continuando com a parte técnica, não morro de amor pelos traços, mas são fiéis aos da autora e, no final, acabei por me habituar a eles. O anime foi produzido pelo estúdio Den e cada temporada conta com 12 episódios. Sobre as OVAS, eu não achei a 00 aquela coisa toda, mas apenas porque o Onodera era um idiota, mas o passado do primeiro casal foi bem explicado lá.

Era isto. Provavelmente a maioria de vocês fujoshis já viu, mas eu senti vontade de resenhar. Jaa ne ^^



2 comentários:

  1. Yoooo tudo bom!?
    Quando fiquei sabendo desse seu blog corri o mais rápido para segui-lo e conferir as postagens *u*
    Enfim, também considero esse anime mais leve que Junjou romantica, afinal logo no primeiro episódio de junjou romantica, rola tipo um estupro com o pobrezinho do Uke do casal protagonista, na hora eu fiquei ''Usami ONDE você está tocando, O QUE vocês dois estão fazendo!? O.O''. Bom sustos e choques a parte, achei Sekai Ichi um anime muito fofo e louco também, nunca vi um departamento tão bagunçado como aquele! As melhores cenas eram as ''negociações pacificas'' entre o departamento de edição e o de impressão, quando eles discutiam sobre os prazos de entrega e sobre a quantidade de cópias (altíssimas tretas! Por pouco alguém não morre lá!).
    Esse anime conseguiu derrubar muito shoujo por aí, adorei o desenvolvimento misturando tudo ao mesmo tempo: amor/amizade/rivalidade uma confusão só que acabava por tornar tudo mais interessante.
    Adorei o post >/////<
    Kiss

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    1. Ainda não tem muitas postagens, mas fico muito contente pelo seu entusiasmo em vir ao blog :3 Só era para ter revelado a sua existência quando atingisse 10 posts, mas provavelmente foi melhor assim. Tenho até pena do uke em junjou romântica, que ainda não acabei - sei lá porquê, já que li vários lemons mais fortes e tal, mas ando mais empenhada em acabar histórias curtas e devorar fics - os de Sekai ichi têm mais sorte. Morria de rir com todas as cenas no departamento emerald, bem lembrado, as negociações eram a melhor parte >.< Na verdade, sei bastante bem o que você acha do anime, ele estava para ser um dos animes-que-gosto-mas-no-meio-de-tantos-vou-demorar-a-finalizar, e graças à sua resenha, lembro-me que o acabei em dois dias. E só ia no episódio 3! Ainda bem que gostou ;)

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